
Qual a importância da alimentação hospitalar na recuperação do paciente?
Conhecemos bem a fama das comidas hospitalares. Os relatos de alguns pacientes são negativos em grande parte das vezes, mas será que isso é uma regra? A alimentação hospitalar é de fato ruim?
Continue lendo esta postagem para entender qual a importância da dieta à qual o paciente é submetido durante uma internação e como ela pode ser muito mais agradável do que as pessoas imaginam.
Por que a dieta é importante?
A dieta hospitalar é muito bem elaborada e segue rígidos padrões. Um paciente internado em uma unidade de saúde está, naturalmente, enfraquecido e necessita de cuidados. Além dos medicamentos, as instalações, a higiene, os cuidados pessoais e a alimentação fazem toda diferença.
Portanto, é um conjunto de fatores integrados que garantem a recuperação e o bem estar do paciente.
Agora, a respeito da alimentação, compreenda como ela pode ser decisiva. Sua implementação garante o fornecimento correto de nutrientes para o corpo adoecido ou convalescente, ajudando-o a se recuperar mais rapidamente.
Outra contribuição da dieta é a sua capacidade de fortalecer o organismo e fazer com que o indivíduo consiga superar os desafios que envolvem uma internação. Ele vai passar por diversos procedimentos, muitas vezes invasivos, e precisa estar bem nutrido para manter suas taxas equilibradas.
Sabemos que nossa relação com a comida vai muito além de suprir necessidades físicas. Comer estimula os sentidos e nos faz experimentar boas sensações. Por isso, a dieta hospitalar pode acabar ajudando também mentalmente o paciente.
Como o diagnóstico influencia na alimentação do paciente?
Em alguns casos, principalmente em quadros mais graves, a dieta é montada de acordo com as necessidades que o estado de saúde traz para o paciente. Por exemplo, pessoas com câncer têm grande perda energética e precisam de uma alimentação mais forte.
Já pessoas com queimaduras, por exemplo, têm mais necessidade de proteínas e isso é inserido em sua dieta. Do mesmo modo existem quadros nos quais o paciente precisa retirar algo de sua dieta, como o açúcar em diabéticos.
Enfim, a dieta pode ser estabelecida de acordo com o quadro de saúde do paciente, auxiliando em sua recuperação e sendo coadjuvante em todo o tratamento. É aí que reside a importância do diagnóstico correto.
Porém é comum que pacientes percam o apetite durante o período de internação. Muitos se recusam a comer o cardápio oferecido por não sentirem prazer naquele alimento. Nesses casos, cabe aos profissionais da saúde tratarem individualmente de cada caso para estudar a possibilidade de modificar o menu.
Como o cardápio do paciente é elaborado?
Numa cozinha convencional, seja de casa ou de um restaurante, todo o processo produtivo se inicia a partir da elaboração do cardápio. É ele que vai determinar o que vai ser feito, como vai ser feito e em que ordem tudo será produzido.
Igualmente, em uma cozinha hospitalar é o cardápio que vai orientar a produção. Ele determina a quantidade, a ordem, as matérias primas e a pessoa que vai fazer aquela comida.
São produzidos diferentes pratos, que o nutricionista vai direcionar aos pacientes corretos para que a alimentação cumpra seu papel complementar no tratamento do paciente. A elaboração do cardápio é feita seguindo quatro princípios: quantidade, qualidade, adequação e harmonia.
Existem inclusive empresas especializadas em fornecer pães para hospital. Eles são tão saborosos quanto os convencionais e são produzidos de maneira a se encaixar corretamente nas diferentes dietas dos pacientes.
A comida do hospital é ruim?
Agora vamos responder à pergunta mais esperada: a comida do hospital é ruim? Esta é uma visão um tanto antiquada, pois as coisas mudaram bastante no decorrer dos anos.
Atualmente, os hospitais têm investido cada vez mais na qualidade da dieta dos pacientes e até elaboram pratos mais criativos, que estimulam o paciente a comer. A experiência da internação tem se tornado cada vez menos desafiadora devido a iniciativas como esta.
Algumas unidades hospitalares usam pratos coloridos para divertir as crianças, outros perguntam ao paciente quais seus alimentos preferidos para ver a possibilidade de incluí-los na dieta. Esse trabalho humanizado pode mudar positivamente o quadro de saúde de uma pessoa.